Copersucar Fittipaldi e o Plastimodelismo - PARTE 1
Olá pessoal,
Acabei de ler esse livro que achei meio sem querer para vender na internet.
Meu interesse no passado dos Fittipaldi e principalmente da equipe da família começou quando li o livro biográfico "A Saga dos Fittipaldi" do Lymir Martins, o qual recomendo fortemente aos amantes do assunto no Brasil.
Falando um pouco sobre o livro, achei ele um pouco fraco, pois se trata de colagens de reportagens da época dos principais meios de comunicação impressa. Como documento é interessante, mas falta roteiro, narrativa no livro. Além do que, há diversos erros de português no texto.
Para quem não conhece a história da primeira e única equipe brasileira de Fórmula 1, aqui vai um breve histórico.
Acabei de ler esse livro que achei meio sem querer para vender na internet.
Falando um pouco sobre o livro, achei ele um pouco fraco, pois se trata de colagens de reportagens da época dos principais meios de comunicação impressa. Como documento é interessante, mas falta roteiro, narrativa no livro. Além do que, há diversos erros de português no texto.
Nos anos 70 os irmãos Wilson e Emerson foram tentar a sorte correndo na Europa, competindo na Fórmula 2, 3 e finalmente na Fórmula 1. Emerson acabou se tornando Bicampeão do mundo e em meados do ano de 74, Wilsinho resolveu parar de pagar para correr na Brabham, então equipe de Bernie Eclestone e criar sua própria equipe! Os irmãos Fittipaldi já tinham sido construtores de carros no Brasil, então partiram para a aventura. Junto com Ricardo Divila e dois mecânicos, Wilson começou a construção do carro, que teria ele como piloto e chefe de equipe.
Correndo atrás de alguma empresa para patrocinar o projeto, Wilson acabou conseguindo que a Copersucar, uma cooperativa de álcool de São Paulo apostasse no projeto.
Correndo atrás de alguma empresa para patrocinar o projeto, Wilson acabou conseguindo que a Copersucar, uma cooperativa de álcool de São Paulo apostasse no projeto.
Correndo atrás do relógio a equipe que passou a ser conhecida como Copersucar Fittipaldi apresentou o FD 01 para a corrida de estréia na Argentina na temporada de 1975.
O FD 01 foi considerado um carro bem avançado para a época, e ainda é considerado um dos mais belos da F1. Pena que os resultados do carro não tenham sido os melhores, o que acabou ocasionando muitas mudanças e designações do bólido.
Mas para um primeiro ano da equipe, somente conseguir o carro correr e terminar as provas já foi algo sensacional.
Depois do FD 01, ainda em 75 surgiu o FD 02 e o FD 03. Em 1976, Emerson se junta a equipe, e surge o FD 04. A Copersucar ainda contava com Ingo Hoffmann correndo com o antigo FD03.
Neste ano Emerson conquista o primeiro ponto da equipe, com um sexto lugar no GP dos EUA. No ano seguinte, 1977, a cor prata deu lugar ao amarelo, sendo mantido o beija flor nas laterais do carro.
No meio da temporada surge o F 5, que não teve participação de Divila na concepção e foi considerado uma cópia do carro da Ensign, pois foi projetado pelo mesmo engenheiro.
Para a temporada de 1978 a equipe decide redesenhar o F 5 no Studio Fly e com a ajuda de Divila. Assim, surge o F5A, que acabaria sendo o carro mais competitivo da Copersucar em toda a sua historia. Esse carro conseguiu um 2º lugar no GP do Brasil e outros bons resultados nas demais provas do ano.
Com os bons resultados do ano anterior, Wilson e Emerson resolvem apostar todas as fichas no próximo carro para a temporada de 1979. O F6 foi desenvolvido por Ralph Bellamy, contratado a peso de ouro por ter sido o criador do incrível Lotus 79.
O novo carro da equipe brasileira era realmente muito inovador para a época, e talvez por isso não tenha dado certo. O chassis do carro era muito mole, o que deixava o carro muito difícil de guiar e lento nas curvas. Ainda se tentou consertar o problema com o F6A, mas já era tarde.
Em 1980 a Copersucar não renova seu contrato de patrocínio e entra a Skol. Junto com o novo patrocínio, é feita a compra da equipe Wolf, junto com toda a estrutura, inclusive de pessoal.
Nessa temporada a equipe tem a participação de Keke Rosberg no segundo carro, e usa o modelo F7 que tinha grandes semelhanças com o carro antigo da Wolf. Ainda durante a temporada estreou o F 8 e já para o ano seguinte, como a Skol tinha sido comprada, já se falava que a equipe ficaria sem patrocínio.
Para a temporada de 81, além de perder o seu patrocinador, a equipe Fittipaldi também perde Emerson que se aposenta da Fórmula 1 com uma carreira brilhante e que só não foi mais exitosa pela honradez do Rato em não abandonar a equipe da família, quando inclusive chegou a ter convites da Ferrari e Williams.
A equipe agora contava com Keke como primeiro piloto e Chico Serra como segundo, correndo no F8C sem patrocinio, todo branco. Esse ano foi marcado pelas guerras dos pneus e dos problemas de dinheiro da equipe brasileira, que por fim, acabou por não pontuar no campeonato. O que não acontecia deste 1975.
O último ano da Fittipaldi, foi em 1982 com o modelo F8D pilotado por Chico Serra pois Keke tinha sido liberado para assinar com a Williams. Pelo menos esse ano um grupo de empresas brasileiras patrocinaram o carro, e aparecem na carroceria nomes como Caloi, Petrobrás, Brasilinvest e Sal Cisne.
Nesse ano o jovem Chico Serra conquista seu primeiro ponto na categoria e mesmo com pouco dinheiro a equipe coloca para andar o modelo F9. Mesmo assim, sem chances de conseguir um bom motor para a próxima temporada e cheia de dívidas a equipe fecha, e assim acaba o sonho dos Fittipaldi na F1.
A nossa única equipe de Fórmula 1 fez um feito que não soubemos reconhecer na época, disputando 103 GPs e somando 44 pontos! Com certeza uma história fantástica e um orgulho para o nosso país.
Obrigado Wilson e Emerson!
Na segunda parte deste post vamos falar sobre os kits disponíveis para fazer os carros Fittipaldi!
Abraços!
A história completa da Copersucar - Fittipaldi você encontra aqui
http://rodrigomattar.grandepremio.uol.com.br/2014/10/equipes-historicas-copersucar-fittipaldi-parte-i/
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